Diversidade na tecnologia: um desafio que começa com o RH

Foto de Christina @ wocintechchat.com no Unsplash

Carmela Borst, CEO da SoulCode Academy, disserta sobre como a mudança deve começar no setor de RH, para promover a diversidade na tecnologia

A tecnologia tem transformado o mundo em uma velocidade impressionante, mas o mesmo dinamismo não tem se refletido na diversidade do setor. Faltam mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+, pessoas com deficiência (PCDs) e outros grupos sub-representados nas equipes de tecnologia. Em outras palavras: ainda falta inclusão e representatividade no mercado de TI.

A construção de uma sociedade mais justa começa pela garantia de acesso igualitário às oportunidades, independentemente de gênero, raça, orientação sexual, idade ou condição física. No mundo corporativo, essa não é apenas uma questão ética — é uma necessidade estratégica. Empresas diversas inovam mais, respondem melhor às mudanças do mercado e se conectam com uma sociedade plural. Ainda assim, a realidade mostra que há um longo caminho a percorrer.

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Qualificação Profissional

O setor de tecnologia, apesar do seu crescimento exponencial e da demanda por profissionais qualificados, segue como um dos mais excludentes. Segundo a consultoria McKinsey, o Brasil terá um déficit de pelo menos um milhão de profissionais de tecnologia até 2030. Apesar disso, barreiras estruturais e culturais ainda impedem que essa lacuna seja preenchida por talentos diversos. Uma pesquisa do Google Brasil apontou que 29% das empresas identificam suas áreas de TI como as menos diversas, e 36% dos profissionais de tecnologia percebem o mesmo dentro de seus ambientes de trabalho.

Os números são alarmantes. Dados da Brasscom revelam que, embora 24% da população brasileira tenha algum tipo de deficiência, apenas 0,8% dessas pessoas estão empregadas no setor de TI. Mulheres, que representam 51% da população, ocupam apenas 38% dos cargos em tecnologia. Pretos e pardos, que são maioria no país, somam apenas 30% dos profissionais da área.

Capacitação técnica é, sem dúvida, um ponto central — mas ela precisa caminhar lado a lado com políticas efetivas de inclusão. Programas gratuitos de formação voltados a grupos minorizados, parcerias com edtechs e instituições de ensino, promoção da equidade salarial e a criação de políticas internas sólidas de diversidade são ações que podem — e devem — ser adotadas por empresas comprometidas com a transformação.

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Mudando estereótipos

Mais do que implementar ações pontuais, é necessário rever a própria cultura do setor. O imaginário coletivo ainda associa a figura do programador a um perfil masculino, branco e introvertido — um estereótipo ultrapassado que reforça vieses inconscientes e restringe o acesso de pessoas com perfis diversos. Essa mentalidade precisa ser desconstruída.

A inclusão no mercado de TI é uma responsabilidade coletiva. Cabe às empresas, ao poder público, às instituições de ensino e à sociedade como um todo promover uma mudança real, estrutural e permanente. Em um país marcado por desigualdades, onde sobram talentos e faltam oportunidades, é inadmissível manter barreiras que excluem justamente aqueles que mais precisam de acesso a uma vida digna e a um futuro promissor.

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