Juniores ou Seniores? Quais contratar para empresa tech?

Juniores ou Seniores? Quais contratar para empresa tech? Foto de Tim van der Kuip on Unsplash

Artigo de Ana Letícia Lucca, CRO da Escola da Nuvem. Também é Especialista em Gestão Estratégica de Carreira e possui certificação internacional em Coach pela Lambent.

A falta de profissionais no setor de TI é uma realidade: até 2025, haverá um déficit de 530 mil profissionais para ocupar vagas em Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil, segundo o Panorama de Talentos em Tecnologia do Google for Startups. O estudo, que buscou entender a realidade do setor no Brasil, se preocupou também em mostrar como a área é recente e muito desafiadora, visto que o primeiro computador pessoal, lançado pela IBM, surgiu na década de 1980. São menos de 50 anos passados desde então. Neste cenário, é compreensível que existam dificuldades para encontrar profissionais experientes no mercado, como aponta André Barrence, Diretor do Google for Startups na América Latina.

De acordo com as startups entrevistadas para o estudo, 84% acreditam que o mercado brasileiro de Tecnologia não desenvolve o número de profissionais seniores que deveria. Ao mesmo tempo, 54% percebem que cumprir todos os requisitos necessários para as vagas em Tecnologia no Brasil é muito difícil e 78% observam um grande afastamento entre os jovens brasileiros e as bases de conhecimento para a tecnologia. Ainda, 46% acreditam que a dificuldade de conseguir o primeiro emprego em Tecnologia faz com que os jovens busquem alternativas. Todos esses números anunciam uma realidade: a decisão de contratar profissionais juniores versus contratar profissionais seniores é complexa e precisa ser analisada de maneira multifacetada.

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Estratégia de Longo Prazo

Trabalho como CRO na Escola da Nuvem, uma organização social sem fins lucrativos que busca a inserção socioeconômica de indivíduos por meio de capacitação técnica e comportamental na área de computação em nuvem, e uma das nossas frentes é empregar as pessoas depois de elas finalizarem os estudos conosco. No meu contato com as organizações contratantes, percebo que essa decisão inclui a estratégia de longo prazo da empresa, a natureza do trabalho, a urgência das necessidades do projeto, o orçamento disponível e a cultura organizacional. Ou seja, a escolha se resume a um equilíbrio entre o custo inicial e o retorno de longo prazo sobre esse investimento.

Quando a empresa decide contratar profissionais seniores, ela ganha em experiência e autonomia: eles podem contribuir imediatamente com suas habilidades, acelerando o progresso dos projetos; e também requerem menos supervisão e orientação, sendo capazes de gerenciar o próprio trabalho de forma mais eficaz. Além disso, conseguem atuar como mentores para membros menos experientes da equipe, compartilhando conhecimentos e práticas.

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Dificuldades

Ao mesmo tempo, esses especialistas demandam salários mais altos e melhores benefícios, então pode ser mais difícil encontrá-los e retê-los. Outro desafio pode ser a adaptação a novas culturas empresariais ou mudanças de processos, especialmente se eles estiverem acostumados a métodos específicos de trabalho.

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Ainda de acordo com o estudo Panorama de Talentos em Tecnologia, 75% das startups entrevistadas acreditam que falta acesso à estrutura física adequada para a população desde antes da idade profissional, o que, para mim, reforça que a ausência de profissionais seniores no mercado acontece também por conta de lacunas na educação e treinamento profissional. Além disso, temos barreiras na entrada e progressão de carreira. Assim como crescimento rápido e desenfreado do setor de Tecnologia. Assim, os profissionais não conseguem acompanhar para se manterem atualizados (a tecnologia é mais rápida do que o humano, um ser naturalmente analógico).

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Capacitando profissionais

Já quando a decisão é de contratar profissionais juniores e capacitá-los ao longo da experiência de trabalho dentro da empresa, o custo inicial é menor, pois essas pessoas têm expectativas salariais mais baixas, o que é vantajoso a curto prazo. Além disso, capacitar funcionários desde o início pode fomentar uma maior lealdade à empresa. Esses profissionais também podem crescer e se desenvolver dentro da organização, preenchendo futuras posições seniores. Acredito ainda que novos talentos podem trazer novas ideias, energia e uma perspectiva fresca que é valiosa para a inovação e a solução de problemas.

Contudo, eles estão mais passíveis de erros devido à falta de experiência, o que também exige um investimento significativo em tempo e recursos para treinamento e desenvolvimento até que se tornem totalmente produtivos. Dessa forma, acredito que empresas focadas em crescimento e inovação de longo prazo podem se beneficiar mais ao investir em talentos juniores, enquanto aquelas com necessidades imediatas de expertise específica ou em projetos críticos podem preferir a experiência imediata que os profissionais seniores trazem.

Ana Letícia Lucca. Foto de Natália Rossi.
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