Fabiano E.

Learning Agility está moldando o futuro do trabalho?

Foto de Annie Spratt on Unsplash

Adriano Almeida, líder da Alura Para Empresas e autor deste artigo, explica como a Learning Agility está moldando o futuro do trabalho

Em tempos onde as transformações tecnológicas são extremamente aceleradas, muito se fala sobre a importância da adaptação. Mas como, de fato, construir empresas e carreiras resilientes em meio a esse turbilhão de mudanças? A learning agility, ou agilidade de aprendizagem, pode ser a resposta.

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Em um artigo publicado na Harvard Business Review, os empresários J.P. Flaum e Becky Winkler definem o conceito como: “Uma mentalidade e um conjunto correspondente de práticas que permitem que os líderes desenvolvam, cresçam e utilizem continuamente novas estratégias que os equiparão para os problemas cada vez mais complexos que enfrentam em suas organizações”.

Em outras palavras, learning agility é um conjunto de habilidades e comportamentos que favorecem um aprendizado que é flexível e se adapta a mudanças, seja de temas, modalidades ou até mesmo nível de profundidade, baseado no que o seu contexto de momento pede. Esse lugar é onde o profissional desenvolve novos conhecimentos, competências e experiências de forma ágil. Assim, é possível se adaptar melhor às mudanças e atingir uma alta performance mais cedo.

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Caminho para ser disruptivo

No mundo atual, a tecnologia avança em ritmo exponencial, trazendo novos desafios e oportunidades diariamente. Nesse cenário em constante mutação, empresas e profissionais precisam ir além da simples absorção de conhecimento: é preciso agir, adaptar-se e aplicar o que se aprende. Então, é aqui que entra a agilidade de aprendizagem, competência crucial para navegar na nova realidade impulsionada pela tecnologia.

Mais do que apenas aprender, a learning agility envolve a capacidade de transformar informação em ação, conectando diferentes habilidades, experiências e conhecimentos para solucionar problemas e gerar resultados em contextos cada vez mais complexos. 

A pandemia da Covid-19, que impactou o mundo entre 2020 e 2023, é um exemplo emblemático da necessidade de adaptação rápida. Enquanto algumas empresas ficaram paralisadas por modelos rígidos e avessas à mudança, aquelas que cultivaram a learning agility enfrentaram a crise com maior resiliência. Elas adotaram o trabalho remoto de maneira eficiente, integraram novas tecnologias em tempo recorde e, em alguns casos, até reinventaram seus modelos de negócio.

Isso demonstra que a agilidade de aprendizagem aliada a tecnologia não é apenas um diferencial competitivo, mas sim uma das principais formas das organizações se tornarem disruptivas e relevantes no mundo moderno. Ela possibilita a inovação, permitindo que as empresas se adaptem às novas ferramentas digitais e se preparem para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades da realidade atual.

Aliás, um artigo publicado no Performance Improvement Quarterly destaca que a agilidade no aprendizado é um forte indicador do potencial de um profissional para ter sucesso em suas funções. Eles se tornam ímãs para novas possibilidades, alcançando resultados que impulsionam o crescimento das companhias.

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Desenvolvendo a learning agility

Implementar um modelo de learning agility dentro das organizações não é um evento isolado. As empresas precisam entender que esse processo é uma jornada contínua, envolvendo três passos fundamentais:

  • Cultivar uma cultura de aprendizado contínuo (lifelong learning): a learning agility floresce em ambientes que incentivam a curiosidade, a experimentação e o compartilhamento de conhecimento. Portanto, a implementação do conceito depende de lideranças que motivam as equipes a aprender continuamente;
  • Oferecer oportunidades de desenvolvimento desafiadoras: proporcionar experiências que tirem às pessoas colaboradoras de suas zonas de conforto também é essencial, já que é um impulso para desenvolver novas habilidades;
  • Promover a colaboração e a comunicação: criar um ambiente onde as pessoas se sintam à vontade para compartilhar ideias, aprender umas com as outras e trabalhar em conjunto para solucionar problemas também fomentará a learning agility.
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Importância da educação corporativa para a learning agility

Por fim, não há como não ressaltar o protagonismo da educação corporativa dentro de uma empresa que valoriza a learning agility. Investir em programas de desenvolvimento pode otimizar o aprendizado ágil, principalmente quando implementados com formatos flexíveis e temas variados. 

A capacitação em novas tecnologias é um grande exemplo disso. A pesquisa Educação Tech & Eficiência Operacional das Empresas, realizada pela Alura Para Empresas em parceria com a FIAP, destaca que as organizações que realizam esse tipo de investimento obtêm um aumento de 64% na produtividade e 45% no engajamento destes profissionais.

Isso acontece porque as pessoas colaboradoras são desafiadas com projetos que desenvolvem suas técnicas e habilidades. O resultado? Estarão aptas a usar novas ferramentas tecnológicas e aplicar abordagens inovadoras com rapidez, permitindo que as empresas construam um futuro de crescimento sustentável. 

Adriano Almeida. Foto: Divulgação/Alura

*Adriano Almeida é líder da Alura Para Empresas, unidade de negócios da Alura, maior ecossistema de aprendizado em tecnologia do Brasil, que apoia e impulsiona organizações com soluções de desenvolvimento de pessoas em tecnologia.

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