Fabiano E.

Metade dos executivos C-Level está fora do Linkedin

Metade dos executivos C-Level está fora do Linkedin. Foto de Gabriel Varaljay on Unsplash

Pesquisa da FGV mostra que apenas 5% dos executivos estão engajados na rede social; Gilberto Tomazoni, CEO da JBS lidera ranking

Três em cada quatro consumidores afirmam que a atuação do CEO nas redes sociais torna uma marca mais confiável, e as organizações cujos líderes são ativos nas redes sociais são percebidas 23% mais positivamente do que aquelas com CEOs inativos. Os dados da pesquisa da HootSuite, entretanto, são desconsiderados por praticamente metade dos líderes brasileiros que preferem ficar ausentes do LinkedIn. confira sobre as consequências de metade dos executivos C-Level estarem fora do Linkedin.

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Pesquisa

Segundo estudo da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP), 45% dos CEOs estão longe do LinkedIn, rede social com a maior presença de executivos C-suite com perfis profissionais, sem perfil ou nenhuma postagem. Somente 5% dos CEOs analisados são altamente ativos no LinkedIn, com mais de 75 posts anuais. Entretanto, o restante da amostra conta com executivos com atuação esporádica. Assim, têm alguma presença nas redes sociais, mas de forma pontual (até 74 posts no total por ano).

“É um dado preocupante, pois a presença ativa e estratégica nas mídias digitais do principal executivo das empresas pode trazer benefícios concretos tanto para a marca quanto para o líder. Pesquisas estimam que a reputação do CEO é responsável por metade do valor de mercado das empresas. Assim, a imagem do executivo principal e da empresa se confundem. A presença em uma rede como o LinkedIn ajuda na reputação e pode trazer ganhos financeiros”, afirma a Lilian Carvalho, coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP e uma das autoras da pesquisa.

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Engajamento de líderes

Ela lembra que, do ponto de vista da empresa, a interação do principal líder nas redes pode reforçar o posicionamento estratégico e os valores organizacionais e reunir diferentes stakeholders em torno de um objetivo comum. Já para o CEO, aumenta a probabilidade de ser visto como um líder que se importa com seus stakeholders, a marca pessoal ganha força e a visibilidade no mercado.

Dessa forma, o levantamento da FGV considera a presença de perfil, número de seguidores, frequência de postagem e engajamento. Os dados do Brasil estão em linha com o de outros países. Nos Estados Unidos, estudos evidenciam que aproximadamente 50% dos CEOs não têm perfil no LinkedIn. Na Ásia, Austrália e Nova Zelândia, são encontrados patamares similares.

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Top 10

A lista do top 10 dos executivos brasileiros no LinkedIn revela que não há predominância de setores. O tamanho da empresa tampouco é o fator determinante: nenhum CEO das 10 maiores companhias aparece na lista dos 10 CEOs com presença mais relevante. O primeiro lugar fica com Gilberto Tomazoni, da JBS, seguido de Marco Stefanini Stefanini da IT Solutions e Gustavo Werneck da Cunha, da Gerdau.

Outro dado interessante é que na lista do top 10, há apenas uma mulher: Jeane Tsutsui, do Fleury Medicina e Saúde. “Há uma ausência de mulheres na lista de CEOs das maiores empresas. É preciso lembrar que, na lista das 100 maiores empresas do ranking Valor 1.000 Maiores Empresas, menos de 5% dos líderes são mulheres”, destaca Lilian.

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