Segurança e saúde no trabalho na era da digitalização

Imagem Gerada no ChatGPT

Neste artigo de Marcela Rodríguez, Chief People Experience Officer da Nearsure, fala sobre a necessidade de as organizações refletirem e tomarem mais ações práticas para Segurança e saúde no trabalho na era da digitalização

No dia 28 de abril, foi comemorado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, data criada para promover ambientes laborais seguros, saudáveis e dignos. Tradicionalmente, o foco estava em melhorar condições físicas, como prevenir acidentes ou garantir proteção integral aos funcionários. Mas, em um contexto marcado pela digitalização e virtualidade, a pergunta que devemos fazer hoje é outra: como garantir ambientes saudáveis quando o trabalho deixou de acontecer em um único local e adotou novos formatos, com desafios totalmente diferentes?

Em 2025, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) propõe como tema da data: “Revolucionar a saúde e a segurança: o papel da IA e da digitalização no trabalho”. É um convite para refletir sobre como tecnologias, automação e modelos híbridos estão transformando a forma como trabalhamos, lideramos equipes e cuidamos das pessoas. A saúde e a segurança no trabalho também precisam evoluir com esse novo paradigma.

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Pessoal x Profissional

Um dos principais desafios em ambientes virtuais é a linha tênue entre o pessoal e o profissional. A flexibilidade, vista como vantagem por muitos, pode se tornar uma arma de dois gumes quando não há limites claros: jornadas estendidas, trabalho em dias de descanso, sensação de nunca conseguir “desligar”. Somam-se a isso riscos menos visíveis, mas igualmente críticos, como o isolamento. Segundo pesquisa da plataforma Bumeran, 53% dos trabalhadores latino-americanos relataram falta de energia ou cansaço extremo.

Quando as relações de trabalho se resumem a telas, perdem-se camadas sutis das conexões humanas. Por exemplo, pausas compartilhadas, conversas informais no corredor, gestos que não aparecem em videochamadas. Muitas vezes, são justamente essas pequenas interações que permitem detectar sinais precoces de desconforto. Para um profissional de RH, por exemplo, um diálogo casual pode ser um alerta para iniciar um acompanhamento preventivo.

Por isso, as empresas precisam inovar para proteger a saúde de seus colaboradores. O que funcionava antes já não basta — não apenas porque o modelo de trabalho mudou, mas porque as novas gerações têm formas diferentes de se relacionar, comunicar necessidades e construir senso de pertencimento.

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Case de sucesso: Nearsure

Na Nearsure, empresa de tecnologia que nasceu em um modelo 100% híbrido e hoje conta com 600 colaboradores distribuídos pela América Latina, desenvolvemos uma política ativa de bem-estar adaptada a essa realidade. Oferecemos acesso a plataformas de terapia psicológica; licenças conforme a legislação do país de residência; acesso a aulas de inglês; benefícios flexíveis que podem ser destinados a seguros de saúde ou espaços de coworking; horários flexíveis coordenados com os líderes de equipe; e um sistema de aprendizado e mentoria em que cada colaborador tem três referentes para diferentes necessidades: bem-estar e onboarding, suporte técnico e orientação de projeto.

Essas estratégias promovem cuidado integral, refletido diretamente na percepção dos colaboradores. Então, em 2024, a empresa registrou aumento de 49 para 58 no eNPS global (Employee Net Promorter Score) e um índice de satisfação (eSAT) de 76%. Todos esses dados são um driver chave para evoluirmos como uma engagement-driven company, já que analisamos e elaboramos novas ações que respondam às necessidades de nossos colaboradores.

No entanto, essas iniciativas não devem depender apenas da vontade das empresas. É essencial que os Estados atuem ativamente para garantir o bem-estar de quem trabalha em novas modalidades. Em países como Argentina, México e Peru, já existem leis que reconhecem o direito à desconexão, protegendo trabalhadores remotos da exigência de disponibilidade constante fora do horário comercial, em férias ou licenças.

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Mudanças para melhorar a Segurança e saúde no trabalho na era da digitalização

Mas este é apenas o primeiro passo. A legislação ainda precisa avançar para abordar outras dimensões críticas do trabalho digitalizado: saúde mental, desconexão emocional, gestão da sobrecarga de informações, entre outras. As normas devem se atualizar à realidade atual e acompanhar as transformações com políticas que priorizem o bem-estar de forma integral e sustentável.

O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é uma oportunidade para ampliar o debate. Hoje, cuidar não é apenas evitar acidentes, mas criar culturas organizacionais nas quais o bem-estar faça parte do design do trabalho. Ambientes em que as pessoas possam se desenvolver com saúde, relações saudáveis e tecnologias que apoiem — sem invadir. É hora de entender que a segurança também se constrói no invisível: na escuta ativa, no respeito aos limites pessoais e na possibilidade real de desligar a câmera e descansar.

Marcela Rodríguez, Chief People Experience Officer da Nearsure. Foto: Nearsure/Divulgação
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