Fabiano E.

Solidão é a nova epidemia global

Solidão é a nova epidemia global. Foto: Freepik

Solidão é a nova epidemia global e afeta principalmente líderes e gestores: Pesquisas destacam o impacto no desempenho e bem-estar dos líderes

A solidão, frequentemente associada ao envelhecimento, é uma realidade que também afeta líderes e gestores de maneira significativa. Segundo a neuropsicóloga e professora do Insper, Luciana Lima, a posição de liderança, muitas vezes vista como glamourosa e prestigiosa, carrega um custo alto: a solidão.

“Existe muito glamour em torno do papel do líder, por conta do status. No entanto, cada vez menos essa posição é desejada, pois o custo é a solidão, que pode ser bem alto, porque somos seres sociais por natureza biológica,” afirma Lima.

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Ambiente Organizacional

Segundo a especialista, a solidão dos líderes é exacerbada pela competição por recursos no ambiente organizacional. “A posição de gestor é solitária porque você está no mesmo ambiente organizacional onde há recursos limitados. Os gestores acabam competindo por esses recursos, o que cria um ambiente naturalmente competitivo e agrava a solidão dos líderes”, comenta a especialista.

Um estudo do Harvard Business Review revelou que mais de 70% dos novos CEOs relatam sentimentos de solidão, e essa situação não se restringe apenas aos níveis mais altos de liderança. Líderes de todos os níveis frequentemente experimentam um senso de isolamento devido às suas responsabilidades e à natureza de suas posições (Harvard Business Publishing). “Essa pesquisa mostra que a solidão é um fenômeno que afeta de maneira significativa líderes e gestores, com repercussões diretas em sua saúde emocional e desempenho no trabalho”, alerta a neuropsicóloga.

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Comprometimento Emocional

Outro estudo conduzido pelo Wharton School mostra que a solidão no local de trabalho pode reduzir o comprometimento emocional dos gestores com a organização. Dessa forma, afetando negativamente seu desempenho. A pesquisa também destaca que colegas de trabalho tendem a perceber líderes solitários como distantes e menos acessíveis, o que pode levar a menos interações informais e úteis, exacerbando ainda mais o sentimento de isolamento (Wharton Executive Education).

“Além disso, a solidão entre líderes não é apenas um problema individual, mas afeta toda a dinâmica organizacional. Quando os gestores se sentem isolados, isso pode impactar suas habilidades de liderança e a cultura da empresa, criando um ambiente de trabalho menos coeso e colaborativo”, explica Lima.

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Segundo a professora do Insper, a combinação dessas pesquisas evidencia que a solidão entre líderes e gestores é uma questão crítica que necessita de atenção. “Prover suporte emocional e criar um ambiente de trabalho que promove a conexão social pode ajudar a reduzir os efeitos negativos da solidão e melhorar o bem-estar e a produtividade dos líderes”, finaliza.

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Sobre Luciana Lima

Neuropsicóloga, doutora pela USP e mestre pela FGV em Administração e professora do Insper nas disciplinas de Gestão de Pessoas e Liderança. Autora de dois livros (HR Business Partner e Estratégia de Pessoas nos BRICS) e mais de 15 artigos científicos, sendo inclusive um deles premiado no SEMEAD/2017 e com menção honrosa pelo British Academy of Management/2019.

Luciana Lima. Foto: Divulgação
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